A Era de Peixes: quando foi e o que aconteceu?

Não se pode negar que, atualmente, a Astrologia faz parte do nosso dia a dia e está na “na moda”, não é verdade? Entretanto, o Zodíaco faz parte da vida da humanidade desde a Antiguidade. Na Mesopotâmia, por exemplo, as pessoas já observavam os astros e os cultuavam da mesma maneira que cultuavam a própria Natureza.

As Eras Astrológicas também estão na moda desde os anos 1960. Entender estas eras é uma coisa simples e complexa ao mesmo tempo.

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Características dos signos

O equinócio de primavera (momento em que a duração do dia é igual à da noite) no Hemisfério Norte é o momento que marca o início de uma Era Astrológica. O Polo Celeste (correspondente ao Polo Terrestre) demora, aproximadamente, 25.794 anos para completar uma volta inteira até chegar no ponto do Equinócio de Primavera.

Existem 12 signos do Zodíaco, correto? Então, são 12 constelações. Divide-se, então, 25.794 por 12 e, com isso, chegou-se à conclusão (não consensual, entretanto) de que uma Era Astrológica diferente brilha no Equinócio de Primavera a cada 2000 anos.

A cada Era Astrológica, a humanidade vive sob os padrões do signo que rege aquela era. E não é só isso: cada era tem uma personalidade marcante, que apresenta uma visão diferente do mundo e guia a humanidade e seus valores. No caso da Era de Peixes, essa personalidade é Jesus Cristo.

Quer saber mais sobre a Era de Peixes e como era o Mundo nesse período? Então, continue lendo este artigo.

Significado da Era de Peixes

Peixes é um signo governado pelo elemento Água, que purifica, mas também fertiliza. É caracterizado pela sensibilidade, intuição, espiritualidade, mediunidade, caridade, humanidade, compaixão etc. E são estes os valores passados por Jesus Cristo, figura central do cristianismo.

O signo de Peixes é simbolizado por dois peixes nadando em direções opostas. Isso mostra a dualidade dos piscianos: pessoas que são bondosas, visionárias, com espírito elevado, mas que, por outro lado, são escapistas (ou seja, fogem da realidade), impressionáveis e influenciáveis.

O maior símbolo da Era de Peixes foi Ichthys, ou Ichthus (termo em grego antigo que significa “peixe”). Este é um acrônimo que os primeiros cristãos usavam para expressar a frase “Iēsous Christos Theou Yios Sōtēr”, cuja tradução é “Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador”.

Jesus, ou Yeshua, foi a grande personalidade da Era de Peixes, que pregava sobre um Deus mais amoroso e compreensivo, que desejava que o amor reinasse no mundo.

Há muitos milagres de Jesus que possuem relação com Peixes: ele os multiplicou para alimentar uma população faminta e encheu a rede de Pedro de peixes, para então fazê-lo “pescador de homens”.

É interessante refletir que estes extremos entre o Deus de Moisés e o Deus trazido por Jesus também são reflexos do fato de que, enquanto Áries é um signo masculino, Peixes é feminino. E é esse Deus cheio de amor e perdão que redime os pecados por meio da água, que simboliza o Novo Testamento.

Ainda é importante notar que uma figura essencial para o cristianismo foi a Virgem Maria, que representa o oposto complementar de Peixes: o signo de Virgem. Entretanto, sabemos que o cristianismo deixou a mulher de lado e, o que poderia ser uma forma de equilibrar, acabou causando uma desarmonia.

Quando foi a Era de Peixes

Não há um consenso sobre quando começa uma Era e quando ela termina. Alguns especialistas acreditam que a Era de Peixes aconteceu entre os anos 150 a.C. e 2010 d.C.

Porém, outros consideram o nascimento de Jesus Cristo como o início da Era de Peixes. Jesus pregava os ideais de caridade de Peixes e nasceu da Virgem Maria.

Há uma crença de que os Três Reis Magos eram, na verdade, astrólogos, que sabiam reconhecer que, na verdade, a Estrela de Belém era um alinhamento entre Júpiter e Saturno, e que isso indicava o início de uma nova Era Astrológica e, consequentemente, o surgimento do Messias.

O mundo na Era de Peixes

A transição da Era de Áries para a Era de Peixes foi o império de Alexandre o Grande. Pessoas de diferentes etnias coexistiam sem problemas, pois as fronteiras que marcaram a Era de Áries não faziam mais sentido para o povo unificado. Foi um momento em que os ideais de conquista conviviam com os ideais de compreensão de Peixes.

O mundo na Era de Peixes teve o seu poder centralizado no oriente, especialmente na Europa e na Eurásia.

A Igreja Católica, seguindo a tradição greco-romana e o ideal eurocentrista, unificou o mundo, levando aos “bárbaros” os ideais cristãos e o monoteísmo. Sendo assim, as Grandes Navegações são grandes marcos da Era de Peixes e levaram a supremacia europeia para o Novo Mundo, convertendo os nativos e, do lado oposto e contraditório, causando a destruição de boa parte da população indígena.

Foi na Era de Peixes que a escravidão se tornou ainda mais forte, com incontáveis vidas africadas subjugadas, tiradas à força de suas terras, para trabalhar de graça em terras estrangeiras.

O mundo na Era de Peixes também representava bem a dualidade deste signo: ao mesmo tempo que se buscava a elevação espiritual por meio do Amor ao Próximo, firmou-se uma hierarquia muito rígida, em que quem possuía mais bens e mais títulos tinha mais valor do que um simples plebeu.

Durante a Era de Peixes, o mundo foi marcado pelo puritanismo, tratando o sexo como alguma coisa impura, ao mesmo tempo em que o voto de castidade e o celibato eram priorizados. As pessoas deveriam casar virgens e puras. Esta é uma ideia equivocada do signo oposto complementar de Peixes, Virgem, que, em vez de pregar a pureza do corpo (que foi priorizada), rege a pureza da alma.

Peixes é regido por Netuno, um planeta que rege os gases e os líquidos. Desse modo, a Era de Peixes marcou as drogas (especialmente o ópio e o fumo), mas também o chocolate, o café e, é claro, os agrotóxicos.

Os efeitos da Era de Peixes também são igualmente contraditórios, afinal de contas, as Cruzadas foram feitas sob a influência do Catolicismo. Quem seguisse os ideais cristãos iria para o céu, enquanto quem não obedecia deveria ir para o inferno.

Curiosamente, conforme a Era de Peixes foi transitando em direção à Era de Aquário, esse ideal rígido foi caindo em desuso e passando para uma forma mais compreensiva de ver o mundo. O Papa Francisco, símbolo de Deus na Terra, por exemplo, quebrou diversos padrões conservadores e, atualmente, valoriza pessoas que antes eram marginalizadas, especialmente os ateus e os homossexuais.

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